RESUMÃO
Percebi alterações de
comportamento na minha mãe.
Meu pai fez três
cirurgias.
Ambos não tinham mais
condições de ficarem sozinhos em casa mesmo que fosse por uma hora.
A dinâmica da casa e
principalmente de nossas vidas foi completamente alterada, prejudicando toda a
compreensão do que estava realmente acontecendo.
Várias pessoas deram
palpites e se meteram, mas nada ou pouco fizeram. Falar é muito fácil, mas,
agir.... E o que foi feito por essas pessoas só serviu para atrapalhar ainda
mais a todos.
Na verdade, por mais
ideia que eu tinha do que estava acontecendo em relação ao estado de saúde dos
meus pais, eu não aceitava ou me deixava levar por opiniões dos outros de que
era apenas uma fase.
Eu tinha a opinião de
médicos, mas que, infelizmente, não podiam atuar junto da família e/ou pessoas
próximas assim como a família e/ou pessoas próximas não estavam a fim de
aceitar a situação nem ouvir a opinião dos médicos.
Sempre me pergunto por
que as pessoas não facilitaram em entender e ajudar no que realmente se
precisava.
Quanto mais o tempo
passava mais eu ficava perturbado com tudo. A solução não aparecia e uma
decisão tinha que ser tomada.
Não tínhamos um
diagnóstico definitivo.
Eu não podia largar
meu trabalho.
A preocupação com o
dinheiro para pagar as pessoas e manter a casa, alimentação, remédios.
A preocupação em
arrumar pessoas de confiança para cuidarem deles.
A ideia de ficarem em
uma clínica para idosos até que a situação se regularizasse. Quase fui
massacrado. Ninguém concordava, mas também ninguém dava uma solução.
Todos se metiam, mas
ninguém ajudava ou ajudavam muito pouco. Os que queriam ajudar de verdade
muitas vezes não podiam porque não eram da família e tem coisas que só
familiares podem fazer.