O capítulo XIV da seção anterior, – Gênio e
comportamento (http://www.sobreidosos.com.br/2017/07/capitulo-xiv-genio-e-comportamento.html)
já introduz uma ideia do que vamos falar aqui e o que podemos evitar para
tentar viver melhor.
Envelhecemos
da maneira que vivemos, ou seja, se temos um temperamento difícil, será ruim
para quem está idoso e também para quem trata, pois, a pessoa difícil ficará mais
difícil ainda, logo, temos que procurar sermos mais fáceis de lidar, levar a
vida de maneira mais tranquila e com bom humor não apenas da boca para fora. É
aprender ou se convencer de que não valem a pena aborrecimentos por causa de
situações que não dependem de nós. Vale a pena sair de perto dessas situações
ou aprender a conviver com elas da maneira mais razoável possível. Mudar manias,
temperamento ou gênio não é tarefa fácil, mas, independentemente de se chegar à
velhice ou não, a qualidade de vida irá melhorar. Quanto mais cedo melhor.
Para isso, é
bom fazer uma autoavaliação, conversar com amigos sobre as impressões que eles
têm de nós e refletir sobre o que nos aborrece, o que nos tira a tranquilidade
e o bom humor, o que nos faz sentir mal e o que se pode mudar em nós mesmos
para nos tornarmos mais leves. Problemas sempre existirão, a diferença é a
maneira com que lidamos com eles e até que ponto deixamos eles estragarem nosso
humor.
Praticar o bom
humor e o perdão. Perdoar e se
perdoar.
Outro ponto
importante é ter uma vida social. Isso não significa ter companhias que possam
passear, dividir um vinho, uma cerveja, teatro, etc. Hoje temos muitas
atividades a preços acessíveis. Até mesmo a ida a um shopping só para “ver o
movimento” já ajuda. Os amigos vão desaparecendo com o tempo por vários motivos,
logo, vamos procurar manter os poucos e bons para conversas mais sérias,
desabafos e principalmente para rir muito juntos. Quantidade não é qualidade.
A vida de hoje
não permite perda de tempo, tanto para nós quanto para os outros, então vamos
procurar facilitar a nossa vida e a de quem nos cerca! Não temos que misturar
problemas e, sim, respeitar a individualidade de cada um. Procurar ser menos chatos
e mais independentes e, principalmente menos exigentes com os outros. Nem
sempre os nossos estão preparados para cuidar de alguém antes da hora. Filhos, netos, parentes e amigos não são
responsáveis por nós! Enquanto tivermos condições de tocar a própria vida, não
há porque solicitar tanto as pessoas.
Outra coisa é
que o preconceito da idade sempre esteve presente e se entranhou na sociedade.
Atualmente tem diminuído, mas algumas atitudes mostram a dificuldade em aceitar
envelhecer. Pessoas que não tem essa preocupação vivem bem e envelhecem melhor
ainda. A velhice é mais uma fase que chega e temos que ser mais naturais em
relação a isso e não a negar. A vaidade cai bem em qualquer momento da nossa
caminhada, mas não adianta negar a idade. Aceitar é uma maneira de tirar um
peso imposto por nós e pelos outros. Não
é ofensa nem vergonha estar mais velho!
Temos várias
oportunidades diárias de nos tornamos melhores para nós e para os outros!
Olhando para os lados vamos perceber a importância da simplicidade. É simples
sermos mais complacentes com os outros e também reconhecer nossos erros. O
mínimo que vai acontecer é chegarmos a uma certa idade nos aceitando mais.
Não devemos
nos acomodar e sim, fazer acontecer.
A mudança é bem melhor quanto mais cedo
acontece.