O entender e o aceitar


      Aqui no site temos visto situações que são consequências para pessoas e/ou familiares de doenças degenerativas como demência ou Alzheimer. As situações são: mudança na rotina, dificuldades, os novos costumes, a nova realidade, mas, também e uma maneira nova de amar.

Em determinado momento temos que entender a aceitar a nova realidade, o convívio de nosso ente querido com uma demência.

Como vamos conseguir entender isso? Conversando com médicos e profissionais de saúde, conversar com outros familiares que passam ou passaram pela mesma situação. É buscar a informação: ler, pesquisar, fazer perguntas.

A partir do momento que sabemos o real diagnóstico, vamos perguntar sobre a fase que está, as limitações e os cuidados a serem tomados e como pode ser a evolução da doença. A família passa a entender o que está acontecendo a partir do momento em que tem consciência das mudanças, do que é demência e Alzheimer e que isto está acontecendo dentro da família. Isto é o entendimento.

É preciso buscar todas as informações necessárias e adequá-las à pessoa que está com demência, pois cada caso tem sua particularidade, cada caso é um caso, embora seja a mesma doença.

É muito importante que as pessoas próximas entendam junto com você, para que não haja julgamentos e, sim, colaboração. É um momento de união, de troca de ideias e de solidariedade.

A colaboração de toda a família é muito importante.

Vamos falar, agora, do aceitar. O aceitar talvez seja a parte mais difícil.

Quando o idoso começa um processo de demência, sempre pensamos que é uma fase e que vai passar logo. Após o diagnóstico, ainda persiste o sentimento de que "isso não está acontecendo, é diferente, é coisa da idade" e por aí vai. Não dá para imaginar que aquela pessoa que tanto nos ensinou, que tanto fez por nós, agora está se esquecendo das coisas, está desorientando e se tornando dependente. A busco por novo diagnóstico, outras opiniões e receitas e remédios mágicos, é normal. Sempre vai ter um amigo ou parente que conhece um médico melhor, que dá mil dicas e que diz que vai passar. Seria maravilhoso, se fosse assim. Uma vez que já dignosticou através de exames, não tem como voltar o tempo. E também não é o fim do mundo. Não é fácil acompanhar a mudança, a perda da vaidade e o comportamento alterado, por isso é muito difícil de aceitar. Mas, se tiver consciência de que é mais uma fase da vida, é uma doença e que não se deve perder tempo e procurar conviveer da melhor maneira possível, fica mais fácil aceitar.

Apoio de familiares e amigos é muito importante. Informação, também!