Como já citei,
devemos pensar em uma hospedagem em casa geriátrica quando se chega a um
limite, seja do idoso ou do familiar. A situação pode ficar insustentável por
estresse, por questões de saúde ou financeiras. A hora certa é aquela que
percebemos que em casa a situação está piorando de maneira mais rápida, que a
segurança está falha e que a saúde requer mais cuidados.
Muitas vezes o
parente que cuida acaba tendo problemas físicos pelo esforço em dar banhos e
demais atividades sem a prática correta, fazendo assim muito mais força. Cito o
caso de uma senhora que conheci que ficou com grave problema de coluna cuidando do marido com Alzheimer. Frequentemente
ele levava tombos em casa ou caía da cama e ela sempre o ajudava a se levantar
fazendo grande esforço. A permanência em casa não faz a doença deixar de
evoluir.
Quais são as
outras opções? Não existem outras opções. Ou mantem em casa, de preferência com
uma super estrutura (que é necessária) ou hospeda em uma casa geriátrica.
Algumas casas usam o que chamam de “mochilinha”: os idosos passam o dia na casa
e terão direito às refeições e atividades ou o que mais a casa oferecer.
Algumas só dão mesmo a diária e refeições. É como uma creche de crianças: o
responsável deixa de manhã e pega a tarde e a pessoa pernoita em casa. Nesses
casos, quando o idoso dorme bem e tem uma certa independência física, é
interessante. Não pesquisei valores e nem serviços. Mas quando o idoso tem
problema de levantar várias vezes a noite, pode não ser a escolha mais
apropriada, afinal precisará de alguém para observá-lo.
Quanto à
hospedagem integral, esta funciona de uma maneira mais comum: o idoso passa a
residir lá, com direito a refeições, acompanhamento médico, enfermagem e
atividades da casa. Vale lembrar que cada casa tem sua programação, regras e
condições, tudo, é claro, dentro das exigências da Vigilância Sanitária,
Ministério Público e demais órgãos de fiscalização e controle. Basta se
informar a respeito de tudo.