Não é difícil chegar
a hora em que o carinho, a preocupação e o cuidado vire cansaço para quem cuida
de um idoso e além disso tem sua própria vida, filhos e afazeres. Ou a pessoa
pode e quer abrir mão da própria vida e se dedicar integralmente ou é obrigada
a fazer isso. Ou não pode abrir mão, por ter que trabalhar e também se cuidar,
pois a probabilidade de ficar doente junto é muito grande – cansaço físico e
emocional.
O parente que
cuida diretamente de um idoso e não tem preparo para isso – e geralmente não
tem – fica doente. Ansiedade, depressão, cansaço, fraqueza e outros sintomas de
estresse vão aparecendo em cascata. Quando falo em cuidar de um idoso é cuidar
de verdade: dar banhos (dois por dia), trocar fraldas (média de 4 por dia) com
toda a higienização e cuidados de que precisa; cuidar para que a pele não fique
ressecada, aplicando hidratante a cada banho ou troca de fralda, pois, isso irá
evitar escaras; dar os remédios na hora certa; cuidar da alimentação balanceada
e também da hidratação (água!!!); ter cuidado durante a noite, pois, muitos
idosos tem mania de levantar, atividades ao ar livre, banho de sol e por aí vai. Cuidar
de idoso NÃO É: trocar de fralda uma vez por dia ao dar o único banho,
ignorar cuidados especiais, dar qualquer tipo de alimentação e só dar água
quando eles pedem e deixá-los sozinhos deitados em um quarto. Isso não é
cuidado.
A
probabilidade é grande do idoso ficar estressado por estar enclausurado dentro
de casa e passando por situações vexatórias (como o banho e troca de fraldas
por pessoas conhecidas, desconhecidas e que não sejam profissionais), assim
como não estar recebendo o que realmente precisa (alimentação e remédios
devidamente). As pessoas que cuidam também podem ficar estressadas por quererem
fazer o melhor possível, só que sem uma equipe devidamente especializada, o que
custa muito dinheiro, é praticamente impossível, dependendo das condições de
saúde.

E quando chega esse momento ou esse limite, e esse limite pode ser tanto do idoso ou de quem cuida, a solução pode ser uma atitude que pode ser considerada radical ou desumana para muitos, mas pode ser também muito boa e segura para o idoso: hospedá-lo em uma casa geriátrica.
Sabendo
escolher a casa, é a solução mais acertada.