São duas situações sempre presentes na
vida de quem já passou dos sessenta! Quem está muito perto do idoso, tende a
achar que ele não é capaz de fazer mais nada sozinho. É cuidado com isso,
cuidado com aquilo, olha o degrau, deixa que eu pego, você não vai aguentar, e
por aí vai... a outra situação, é ser tratado como criança: de uma hora para
outra, a pessoa vira um bebê! Pega o casaquinho, tomou seu remedinho, adorei o
chinelinho e mais coisas do tipo.
Vamos deixar bem claro: idoso não é
criança e a autonomia tem que ser incentivada dentro dos limites de cada um e
das circunstâncias, mas, tem que ser incentivada. Tanto em atividades físicas
e, também, nas atividades cognitivas.
Claro que nosso impulso é o de proteger, de cuidar. Mas, quem cuidou da gente, sabe muito bem se cuidar, o que você acha? Em casos de demência ou alguma questão física, é óbvio que devemos ter todo o cuidado do mundo, mas, enquanto há lucidez e disposição, vamos tentar manter! Se o médico orientou que não há problema, então, não há.
Quanto à infantilização, é mais fácil
de resolver: imagine alguém que convive com você, tratando você com uma criança
todo o tempo? Conversando como se você não entendesse direito o que está sendo dito
e que se você não fizer as coisas direitinho vai ser feio? Pois é, imaginou? Nem
preciso dizer mais nada!
Carinho, preocupação e dedicação é
isso: dar espaço, manter a autonomia e tratar a pessoa como uma pessoa da idade
que ela realmente tem, só isso.
E sempre observando as limitações e respeitando as orientações médicas.