INFORMAÇÕES
A informação é
o primeiro caminho e a coisa mais importante.
Seja qual for
a alteração dada em algum exame, conversar com o profissional para saber de
todos os detalhes, como: em que grau está, qual a melhor forma de tratamento,
como se adaptar ao tratamento, maneiras de facilitar a administração da
medicação (horários, refeições, por exemplo).
No caso de
doenças degenerativas, saber em que nível está ainda é mais importante, pois,
várias atitudes podem ser tomadas para que a progressão seja a mais lenta
possível.
O foco deste
site são as demências e por isso vamos estreitar mais o assunto.
Em casos de
demência ou Alzheimer, temos que saber que existem vários tipos e causas com
sintomas parecidos ou não. Uma conversa com um neurologista irá tirar todas as
dúvidas. Um geriatra e um clínico ajudarão muito também, principalmente no que
diz respeito a quem cuida!
É muito
importante que saiba o tipo de doença, o que causou, o que é cada parte da sua
evolução. Palavras que podem ser escutadas com frequência são: isquemia,
hipertensão, vascular, infecção, cuidados, medicação... aproveite cada
oportunidade que tiver ao lado de um médico, enfermeiro, técnico, cuidador e psicólogo
para perguntar o que for preciso no que se refere a cada área. Todos os
profissionais de saúde terão informações relevantes, histórias e dicas que
serão de grande valia. É hora de abrir os ouvidos.
Demência é uma
doença degenerativa, uma vez que começa, não tem como parar, pode retardar o
processo, mas, no momento não há cura. Por isso que devemos aumentar os
cuidados para evitar problemas físicos e a piora ou evolução mais rápida.
CUIDADOS
Os cuidados em
casa devem ser redobrados: permanência do idoso acometido do problema em casa
sozinho é muito perigosa e deve sempre ter uma pessoa perto e atenta. Há perigos
com segurança, gás, pessoas estranhas, chaves e quedas.
É corriqueiro
que idosos já em fase inicial esqueçam o bico de gás ligado ou alguma panela no
fogão. Se pessoas mais jovens, sem algum tipo de problema, já podem esquecer,
podemos imaginar a incidência dos idosos. Evitar que fiquem próximos à cozinha
ou caso estejam e queiram, que tenha alguém por perto de preferência ajudando a
fazer as tarefas, estimulando, enquanto for possível, mas sempre atento!
Chaves,
documentos e dinheiro são objetos que idosos costumam guardar em lugares que
sempre esquecem, por isso minha sugestão é de estimular sempre a guardar e
pegar no mesmo lugar, para que, pelo menos, crie um costume e não perca nada.
Alimentação e
hidratação são pontos muito importantes. Refeições na hora certa e ingerir
bastante líquido. A tendência é de comer pouco e preferir “besteiras”, como
doces e salgadinhos e principalmente comidas fáceis de fazer, como macarrão
instantâneo. Não é novidade que excesso de sódio, industrializados e doces
fazem mal à saúde. O ideal é procurar uma nutricionista que indique uma
rotina de alimentação adequada.
Remédios na
hora certa. Conversar com os médicos sobre a possibilidade de administrar a
medicação de uma vez ou em um mínimo de vezes. Os remédios que podem ser
ingeridos juntos com outros facilitam o tratamento, afinal quanto mais
vezes temos que lembrar, a possibilidade
de esquecimento aumenta!
As saídas na
rua devem ser acompanhadas, caso necessário. Dependendo do estado de saúde,
isquemias acontecem de maneira desapercebida, o que causa confusão mental e
esquecimentos. Muitos são os idosos que se perdem na rua, basta acompanhar nas
redes sociais e vamos perceber que não é tão raro assim, por isso a conversa
tem que ser franca e direta, para que se sinta à vontade de falar de algum
ocorrido e que se evite alguma situação perigosa.
Adaptações
dentro de casa são um item de segurança: cuidado com móveis, tapetes e fios
atravessados que podem causar queda de pessoas. Alças de suporte nos banheiros
(vaso sanitário e box) e poucos objetos que possam ser derrubados.
Infelizmente a
demência é gradativa e silenciosa e podemos não perceber até um determinado
momento de dependência.